sábado, 28 de agosto de 2010

AO ENCONTRO DO DESENCONTRO.


Era mais ou menos umas 8 horas quando cheguei ao restaurante combinado, eu estava sentada em uma mesa num canto mais romântico, na mesa havia velas e rosas vermelhas, estava tudo tão perfeito.
Passou quarenta minutos e nada de você aparecer, eu olhava o relógio, o garçom, e os casais de outras mesas se beijando era inevitável, as lágrimas rolaram de meus olhos.
Você foi quem mais insistiu naquela história de me levar para jantar e me deixar plantada chorando talvez te fizesse bem, eu sinceramente não sei o que pensar, eu não sabia se esperava mais ou não, eu tentei ligar para saber se algo havia acontecido, mais seu celular dava sempre caixa postal.
As coisas na minha cabeça estavam mais confusas e embaralhadas do que cartas de baralho, eu não sabia o que fazer, o que pensar ou como agir mediante aquela situação.
Eu me lembro de o garçom parar e ficar me olhando com cara de pena, ele sabia que eu fui abandonada em uma jantar que de alguma forma era para ser romântico e não foi, ele ficou por cerca de uns dois minutos olhando sem parar, eu percebi e disfarçadamente enxuguei as minhas lágrimas.
Não sabia o por que do motivo de você não ter aparecido, eu inventei tantas desculpas bobas e estúpidas, de uma certa forma não queria acreditar no que estava acontecendo.
Tomei um taça de vinho, paguei a conta e fui em direção a porta de saida do restaurante, comecei a vagar pela rua sozinha, com a aparência nada boa, meus olhos estavam borrados pelo choro que fez com que toda a maquiagem se desfizesse, e eu havia tirado os sapatos e comecei a vagar com eles nas mãos.
Era inevitável o choro aumentava cada vez mais, eu fui abandonada e naquele momento estava vagando sozinha pelas ruas escuras, quem eu mais me importava tinha acabado de me deixar em apuros. Eu estava corroendo de raiva eu sabia que nada ruim tinha acontecido com você, talvez você estivesse com outra, uma outra que você deve denominar melhor que eu.
Acho que meninas como ela, são noitadas, e essa noitada te fez perder o amor, a menina que você precisava, aquela que você deixou abandonada e chorando vagando pelas ruas da cidade.
Eu ouvia o som dos carros nas ruas, parei para descansar em um banco perto da beira mar, eu havia andado por meia hora direto, eu morava longe e o dinheiro que eu tinha mal dava para pagar o taxi.
Quando eu cheguei em casa, não pensei em mais nada, tomei um banho demorado para esfriar a cabeça, deitei na cama e cai novamente em lágrimas.
No dia seguinte eu apenas ouvi a noticia que você estava andando de mãos dadas com outra em um parque que havia chegado na cidade a dias, talvez você estivesse certo, e fez o melhor para você.
Só que agora quem não mais irá atender o celular será eu, por que eu simplesmente esqueci de me importar e sofrer mais uma noite por você.

Thais Bastos

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